domingo, 4 de abril de 2010

Trabalhando na cidade com cheirinho de mato

Acredito que deva ser um milagre um dia você poder estar no meio de São Paulo, respirar fundo e sentir um cheirinho de mato dentro de sua sala, no 6º andar do seu prédio. Fora a saúde que isso deve trazer certo? Imagina ainda saber que você pode passar no ultimo andar e pegar umas verduras fresquinhas e recém colhidas pra levar pra casa?

Mas pensei bem e não acredito ser tão difícil assim. A idéia começou quando vi um vídeo no YouTube (de uma matéria no Globo Reporter) que fala sobre hortas em cidades como São Paulo. Segundo o vídeo, o ar poluído (pra nós) contém muito gás carbono e passa a ser uma ótima fonte de alimento para as plantas, que o transformam em oxigênio, além de fazer as plantas crescerem bem mais rápido e melhor (no final dessa postagem há o vídeo).

Mas fica a lacuna da fuligem e poeira que o ar poluído solta, então acredito que filtros pra isso não devam faltar e nem ser caros. Um exemplo é possibilidade de usar isso junto com uma outra reportagem que vi em uma das edições da revista Super Interessante (infelizmente não me lembro do número) onde se mostrava um filtro simples, barato e fácil de fazer e que tirava toda fuligem e poeira do ar.

Então a idéia seria algo como o mostrado na figura abaixo. Após a figura explico melhor:

Inicialmente o ar seria sugado (1) do ambiente interno (de ar condicionados ou de lugares fechados) ou direto da cidade. Essa sucção seria feita por um filtro (2) que limparia as fuligens, deixando apenas os gases do ar em questão.

Após passar pelo filtro, esse ar circularia por caixas ou pequenas estufas (3) responsáveis por realizar/direcionar o fluxo correto dessa corrente, além de manter o ambiente controlado. Dentro dessas estufas haveria plantas como legumes, verduras, temperos e ervas aromáticas que se beneficiariam do gás carbono (se desenvolvendo mais) devolvendo oxigênio e ainda baixando as temperaturas iniciais do ar trabalhado.

No final desse caminho haveria outro duto de sucção (4) que levaria esse ar mais limpo e aromatizado para o sistema de condicionamento central ou para as salas de trabalho, possibilitando o sonho citado no inicio do post.

Além do projeto em si render créditos de carbono (dinheiro) e marketing ecológico, o que fosse colhido poderia ser doado a instituições carentes, ser distribuído entre as pessoas do local ou ser usado no refeitório das próprias empresas ou estabelecimentos comerciais pois trata-se de uma cultura sem venenos (ou até orgânica) dependendo do manejo.

É claro que isso é apenas uma idéia genérica e existe a necessidade de direção de vários outros profissionais (como agrônomos, biólogos e etc) para que isso dê realmente certo. Contudo acredito que tenha tudo pra funcionar... Já pensou trabalhar com aquele cheirinho de mato molhado que falei e sem os mosquitos e pernilongos pra atrapalhar? (risos)